terça-feira, 25 de março de 2014

2º Capítulo: MAX


Dias após o velório e enterro, Max ainda se sentia fraco, desorientado e desconcertado. Começou a temer banalidades. Sentia medo. Até que houve um sonho para piorar seu portfólio.

Na escola da cidade, Max via as pessoas do alto. Ele não estava presente. Apenas via os outros personagens de sua imaginação. Desse modo, em meio à tumultuada de alunos sentados na grama, conseguiu enxergar Indiana e James. Estavam de mãos dadas e sorrindo. Parecia que naquele dia estavam bem. Durante a aula, enquanto James preferia desenhar na mesa ao lado de um esquisitão e de uma nerd, um bilhete apareceu. A caligrafia era da namorada e continha:
Será hoje?
James sacou. Provavelmente era para ele mesmo. Começou a sorrir. Estava marcado. Ele respondeu no mesmo bilhete:
Sim.
Entregou de volta.

O dia foi passando, e Max percebeu que seu amigo mal se agüentava de ansiedade. Seria demais a ele. Mas o que haveria?

Quando acabaram todas as aulas do dia, já estava escuro. Direcionou-se aos armários como de costume, e demorou o máximo possível para boa parte dos estudantes irem para casa. Quando ia ao banheiro devagar, esbarrou em Indiana, que deu uma piscada significativa os seus olhos azuis. Ela estava andando tortuosamente.

Combinado, ambos foram ao banheiro esconder nos boxes enquanto todos os alunos iam para casa, exceto eles. Os dois esconderam-se no mesmo boxe, e para ser como uma preliminar, começaram a se beijar. Já escuro, devido às luzes apagadas evitando atenção, saíram de lá aos beijos. Ela ficava rindo todo o momento, andando torto, devia estar bêbada.  James provavelmente sacou e pensou que como não tinham transado ainda, aquele seria um bom momento, já que ela não estava sóbria. Aproveitou o momento.

James, enquanto beijava o pescoço dela, tirava a própria camiseta e a calça, enquanto ela tirava sua blusa juntamente com o sutiã, short e calcinha. Ficaram nus. Voltaram a se relacionar naquele banheiro masculino imundo e carnicento.

Max continuava a ver a cena. Enquanto durava o coito, Indiana gemia. Até que falou para o parceiro:
- Eu te amo, Max. Sempre te amei.

James ficou estupefato, igualmente a seu amigo. James parou tudo. Colocou roupa nela e se vestiu. Pegou uma arma. Max foi se afastando da cena, enquanto que a imagem ia se dispersando, ele escutou dois tiros.



Max despertou de seu sonho. Estava assustado e ofegante. Foi raciocinando tudo que pudesse recordar.

Ele achou compreensível que ela gostasse dele. Eram amigos há muito tempo, ele sempre a ajudava. Ele já também teve uma queda por ela antes de seu melhor amigo começar a  namorá-la. A reação de James àquela situação foi escabrosa, mas correspondia proporcionalmente ao ciúme dele. O único mistério que ele não conseguiu desvendar foi: Por que ela estava bêbada?

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